içado pelo cordame dos cabelos,
lembro assim, pegando fogo
farpado num arame de cal
cozido de beira em beira, jogado
no suor daquela estrada, onde se morre de frio
sequer o arrimo das horas,
sem tempo, com raiva
o buliço agredia, o descanso negava
aquele destino toava cego
era só ouvir, a manada,
o berço de fogo, os tiros
cansaram-se os atiradores de silêncio
não há morte que perdure,
tantas facas, tantos mísseis -
o ponto do equilibrista - onde se sabe cair
os arrebaldes mansos naquele estupor
tudo pronto, depois jogar-se
a coragem é tardia, no salto não se tem esperança
ainda segue escavando-se dentro de si
até achar o fim, e andar
Um comentário:
muito bom, é muito pouco para este poema, mas é o resumo que me veio. obrigado pelo "cão" tão homem que é.
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