sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Quase silêncio

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Escorre ausente

lavor na alma da língua,
que chama, clama, 
reclama, emana     

Que foi cama
Morna d'água

Tormenta rasa no lençol da pele
Brisa leve, 
será agora augúrio?

Terra virgem,
rosa nuvem luminosa,
revés do calmo e grave negro do dia sem volta,
Volta!

Nos olhos de inseto, sob o furor do sol,
chora contra a lupa inseticida o que sei maior

Escorre ausente o verso,
o credo banido na rotina da máquina

Na sólida solidão desbastada,
a mão não acolhe o coração mole do vestígio,
nem de ouvido se afina o grito
do que era pleno, 

Hoje vazio
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