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Hei
de andar porque tudo move
E
até minhas pernas brincam aos dias.
Só
tem em mim uma pedra, que se exagera.
Quer
pensar. E como pesa.
É
uma pedra de olhar, muda como a velhice
Mas
não muda, nem pesar lhe cansa
Nem
dança vem mudar. Uma pedra viva,
Que
escorre no quando mais devagar, que se esconde
Num
meu canto e nome vem me dar.
Não
dá de rir essa esquisitice,
Ela
sabe é fazer chorar. A pedra deita no sofá e
diz
que de lá não sai. Que vire musgo as superfícies,
que
vire muro o olhar. Só ela não se revira.
Não
vê que é maluquice pedra d’água pesar.
Mas
nada adianta.
Que
de mais não quer saber. Que o vazio da casa
Deixe
o pátio estar. Que o bem-te-vi pare.
Que
o salgueiro não chore. Que a laranjeira não brote.
Em
verdade, que nada cheire.
Por que em pedra tudo que é mole dói..
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Um comentário:
Muito jeitoso!
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