terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
acorda!
queria deixar o êxtase cochilar depois de ter sido pólvora e mundo, mas tudo era forte, pulsante... se o coração gritasse agudamente, nem assim, riscaria o inferno como naquela hora. mas para quê deixar o sono desviar tudo aquilo, como se com ânimos mais amenos fôssemos mais humanos, se humano não fosse essa guerra de lados onde não estamos; no fim das contas, em nenhum deles, mas somos rasos o suficiente para acreditar que sim, que apesar de tudo restamos em algum ponto, bobagem, somos sólidos e eternos como um riso de estupor e sorte... não somos mais estúpidos pela normalidade do que quando encarnamos um gênio, a vida está no deslize sobre o limo de não ser muita coisa durante as horas em que pensamos ser... e não dá graça ser partido, assim, em mil gestos e ideias, amante, fátuo, infantil? queria ser assim todos os dias, uma película capaz de guardar a memória mais frágil, a hora mais doce e também cruel de uma alegria eternamente viva e morta naquela pequena falha em carne e alma maliciosa em que escondo o que sou de mim vazio, ali, no canto escuro de nada e flor, de voo, de amor... e não gostaria de ser nada, se o preço fosse por todos os dias, quero estar onde estou, vadio entre mundos... somos mais e menos do que deuses deliraram, e somos bem mais do que o tédio, a culpa e a tristeza nos fazem acreditar quando fraquejamos, somos, nas super-linhas da vida, livres!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
"queria deixar o êxtase cochilar depois de ter sido pólvora e mundo"
"se o coração gritasse agudamente"
"se humano não fosse essa guerra de lados onde não estamos"
"mas somos rasos o suficiente para acreditar que sim, que apesar de tudo restamos em algum ponto, bobagem, somos sólidos e eternos como um riso de estupor e sorte."
"não dá graça ser partido, assim, em mil gestos "
"amante, fátuo, infantil? queria ser assim todos os dias, uma película capaz de guardar a memória mais frágil"
"naquela pequena falha em carne e alma maliciosa em que escondo o que sou de mim vazio, ali, no canto escuro de nada e flor, de voo, de amor"
queria dizer obrigada
pela poesia.
A primeira vez que li o blog foi uma carta anômima para M.
marcante outra vez as palvras que dizem : poesia.
obrigada.
gentileza a sua, fico feliz com a surpresa... quem agradece sou eu
" a vida está no deslize sobre o limo..."
e o desperdício ronda estas cirandas.
Postar um comentário