quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Porque escolhi não voltar

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Onírico!, as pedras e as águas semi-turvas e
A brusquidão da ruína, a queima
da russa idade a passos asnos.
Como agora do átrio jorra o facínora,
mágoa vestida de rosto, candeia baixa  -

Abençoados por seios quase religiosos,
tão densos, tão quentes como alvos,
siderando o nascituro, o imberbe cozido
em tamanha cama de lava e metamorfose
algodoada em sangue. Triturando-se nas bocas -

As tábuas de chão gemido, o contraste
em cores frias dos poros destilados,
a dar moído o Tempo, poente insuperável
um brilho virgem de florescer, doentes
no tórrido calor daquelas garras. Deusas, graças.

A casa descalça, batida, azul e negra,
onde a miséria, ah!, a miséria foi enxovalhada
Sim! Despertos, drogados no mesmo sonho!
Na ponta da língua o licor da lágrima,
o Infinito na dobra dos lábios, o método dos Loucos,
o disparo dos olhos agudos daquele bruxo destino.
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