sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Sinto muito:




Sempre que pensei em dar-me um tiro

Terminei em versos



Porque amo tanto o gosto da vida

Minha própria fraqueza obstrui-se



Nunca permiti que o lirismo

Usurpasse um deus



Não culpo quem vestiu a

Brutalidade com a carne nua



O sol deposto sobre o trigal é

Van Gogh sendo-nos triturado



O mar é tudo que deus

Não permitiu ao homem sofrer



Morrer é uma sorte,

Fui condenado a felicidade da vida



E um saco de lixo preto, surpreenda-se:

É mais útil que um poeta




Um comentário:

Caren disse...

há gente que diz que a inutilidade do poeta é apenas uma aparência. na verdade, ele é o essencial pra uma vida possível em meio ao caos. voltei ao blog, espero que isso não seja um incômodo =) beijo