sexta-feira, 1 de setembro de 2017

"O nadador que fez um minuto de silêncio sozinho!"



A bolha da bolha
Da bolha da bolha insignificante.

O problema do problema
Do problema do problema irrelevante.

Tem corpo, furo, mãos,
Nariz e boca ou é só anjo-defunto?

Tem história, cicatriz, erros,
Deslize e amor ou está tudo impoluto?

Todo dia a lata de sardinhas fede
Alguém tem coração ou sede?
É tudo feito uma boca aberta
Cheia de mosca morta e Medo.

Parece limpo, justo e verdadeiro
Pena que tem cheiro de lixo!
Aponta o dedo, Perdoa o umbigo!

A bolha da bolha
Da bolha da bolha...

Viva a pátria dos dentes perfeitos,
Sem cárie nem tártaro. Os odontomoralistas!
Tudo fachada! Tudo fechado!
Fogueira, Mofo, Pedrada!

Viva a bolha o problema o ovo podre!

Olha, na frente de casa tem um preto
pobre bandido comendo na lata
de lixo.
Coitado, não é o seu dia! Muda o canal.
Olha o banner "Viva O Lula Na Bahia!"

O dia, a merda do dia-a-dia, a merda da bolha do dia-a-dia.

Depressive Capitalistic Championship:
Urubus em estado de êxtase; uma criança explodiu na Síria;
e um guardador de carros, artista antípoda alienígena, foi vencido!

O garçon de 24 anos foi até o quarto, deu-se um tiro no peito.
Na sala, a tela do computador ligada:

"O nadador que fez um minuto de silêncio sozinho!"



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