quinta-feira, 20 de maio de 2010

mirei no chafariz, acertei o carrossel: quase paralaxe, não fosse o coração

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se do teu olho, o brilho
fosse uma cama elástica 
eu saltaria de costas
sabendo dos sabres, do mais alto dos edifícios

se do teu rosto, o vermelho
fosse um nariz de palhaço
eu morreria de cócegas
fazendo rir os ossos do meu mais pesado ofício

se teus saltos fossem longe demais
voando sobre pernas-de-pau
eu apertaria até doer meu passo
pra não te perder jamais de vista

se tuas sinas fossem as de um clown
zombando dos velhos e tristes rivais
eu brincaria, na terra, de artista
e no espaço, de poeira e luz e rastro...

2 comentários:

dansesurlamerde disse...

ah, os clowns...
ah, o amor...

beijo.

MayrA disse...

lindo, lindo demais... o outro post, aquele das cores, não pude nem comentar, não me senti no direito né... saudade de vcs! beijo