namorar ignorâncias
no ventre espaço dos destinos
no regaço das esquinas, das surpresas
dos declínios
resistir nalgum perfume
do cheiro abutre da certeza
no fulgor dos desavisos
talhar vento menino
em barco que navega o teu cio
da sublime reentrância das coisas,
nada senão entrever, senão amar
ainda que alquebrada e banida,
ainda que ladra,
ainda carne, pele, resto
coser os lábios das próprias feridas -
esta loba
alimentar de sonho as suas crias
chamar-se vida...
Nenhum comentário:
Postar um comentário