sexta-feira, 30 de julho de 2010

houve e sempre haverá cavaleiros andantes

aproximado de mim distante


instante aquele de cair


calmo agora de ter sabido

alegre ver partir, 

feito alegre o coração partido



[tenho estado de mentiras pra mim, dessas que crianças usam pra sobressair ao escuro, dessas que os homens buscam pra desesperar, dessas que se não acredita, dessas que dinamitam as saídas, dessas que superadas tem tantas outras por vir, dessas que tocam belezas adiante, dessas que faz a gente desdormir, dessas que faz sorrir, dessas que maltratam seus inimigos, dessas que bendizem a vida, dessas que valem a pena, dessas que nos dão abraços em troca de outros abraços, dessas que choram motivos sem motivos, assim, pra mentir-se emocionadas de coisa qualquer, dessas que se lustram delicadamente com o sabor das coisas - que amor tem gosto, gosto mesmo, por exemplo -, dessas que das perdas vão se ganhando na calda doce de tempos felizes, dessas que são simples, dessas que põem as mão sabidas no cabelo sobre a orelha e se mentem tão verdadeiramente que até sabendo-se da verdade mentida se cai verdadeiramente nos braços do engano, dessas que se apagam no tempo, dessas que se esquece porque vive-se de inesperados e que entristece porque são esperados os inesperados que não vêm, dessas que descansam domingos debaixo do sol, dessas que se escrevem repetidamente para encontrar coisa nenhuma, dessas que se gostam assim, dessas que não esperam morrer, dessas que acabei de encontrar e sei dizer que entendi o que querem mentir, sê feliz meu filho, sê feliz de mim] 

Um comentário:

Anônimo disse...

mentir que não quer não é mentir (interrogação?)