um aterro de fome,
o piscar de olhos do estômago:
um revide, um sonho -
as mesas
revivendo a madeira morta
do dia a dia de quem se consome -
qual o fogo e a lenha seca da vida
também são memórias
as mãos desconhecidas
que apagam sem pesar
as dores que eu nem sinto
é clara a canção das lâminas
de um amor touro desgovernado,
distraído?
tenho medo de me tornar inóspito,
e por descuido sigo cultivando luzes...
aplacado entre silêncio e vozes,
meu rumo estira-se sobre nuvens
e meus cortejos fúnubres terminam
por se encontrar em doces serenatas
é o brio que o amor inverna -
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