segunda-feira, 26 de julho de 2010

tradução do branco dos esquimós

tenho as casas de mim agora demolidas por não sei que ventos de embora.
demora dos atrasos que colchetes de solidão deixam revirados nesse redil.
senil de trapos outrora coloridos com doces feituras de parco coração.
não que se sabe mais concreto de sem desculpas pensar-se em tantas reticências.
paciência que tardes trazem luz que falta em meus porões retinas.
usina de almas que engrenam todos os enquantos que de mim se escondem sábios.
adágio segredo que toda morte morre de hora certa e apelo certeiro.
canteiro terra de desmentiras sementes maceradas pelo perigo da superfície.
artífice rupestre de amenizar monções tristes e poeira vôo de ínfimos cristais.
areais da morada que distam de mim a casa que não tenho estado desde amanhã.
anfitriã da saga criança que as letras prostíbulos emprenham de estio.
extravio dos cursos d'água que ressudam belezas por sobre a pele sede de mor-viver.