o tempo é o ópio de uma terra atordoada
o tempo é ópio, o tempo é uma nave imprópria
e eu o opróbrio do tempo, e o tempo meu alento
meu neném
eu neném do tempo
tempo um trem sem fim,
um trilho de além, eterno triz de algum
de alguém, de quem?
um tempo sempre ermo,
doendo à contrapelo, esse tempo
que me entortou por dentro
o tempo de quedar por dentro,
sem alvo
nem pausa, nem náusea
sem ocaso
tempo do simples atordoamento,
inverno dos olhos gris,
terra do invento motriz
que curva por dentro do tempo
um nome tangente chamado alguém
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