sábado, 13 de abril de 2013
Amarga despedida
Fiz-te traços e despojos
Sacrifiquei-te cem vezes!
E ressuscitaste nos olhos de outro
Foste a desrazão no coração das coisas
Na memória resta teu colo fúnebre,
o caramelo sadio dos gestos
Restam os objetos e um sóbrio desdém de tudo
A carne a e esperança restaram
na álgida marca do tempo
Tuas frígidas lições de moral também restaram
Num sorriso irônico que entrego a ninguém
Teu caule nascido sobre a terra
faz sombra e draga minha água morta
Agora tu cantas com a voz que nunca sonhei
Mergulhas no rio onde findei
Mergulhas e nunca mais virás a tona de mim
Saíste dessa aguardente exímia sobrevivente
E de todos os meus ultrajes, invicta!
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