Como se não houvesse mais que
A simplicidade do abandono.
Um buraco cada vez mais largo e vazio,
Cada vez mais difícil, mais difícil...
Dizer este impossível, incompleto luar
O calabouço noturno dos cafés,
As esquinas e postes giratórios
E o rotor insustentável das sensações:
Nada se conforma nestas hélices doídas
Nem o uivo dos cães é bonito
Debaixo dessas cortinas de brilho estático
Debaixo desses telhados deprimidos
No interior desse moinho sinistro: o coração
Um raio, uma adaga, um disparo,
uma manada, o bom deus, Belzebu
um SMS da sétima lua de Saturno!
– nada disso.
Apenas o insólito conforto do algodão
E um telescópio voltado para dentro
- a procura de um ultraleve acontecimento
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